domingo, 28 de setembro de 2008

Shopping

Tava um calor enorme. Aquele cheiro, aquele friozinho me convidava a entrar no shopping. O sono me perseguia, demorei muito para chegar. O trânsito estava horrível. Quando me deparei com todas aquelas cores vibrantes, toda aquela música envolvente,comecei a despertar. A curiosidade de percorrer cada centímetro daquele lugar e conhecer as novidades, as promoções, era ainda maior. Encontrei o pessoal e fomos a uma livraria. Todos aqueles livros me prenderam a atenção. Queria sentir o cheiro de cada um. Gostaria de levar vários para casa, por mais que não fosse uma compradora assídua de livros, alguns me despertaram essa vontade. Tínhamos que fazer uma entrevista com um desconhecido e assim que eu senti o cheirinho do café, eu fui seguindo-o, o que me levou ao encontro de um rapaz que trabalhava numa mini cafeteria. Por mais que no ínicio ele parecesse meio indisposto a conversar devido ao grande movimento da cafeteria, ele mesmo assim, cedeu um pouquinho do seu tempo para nós. Não sabíamos o que perguntar. Fomos despreparados, por onde começar?Qual é o seu nome cairia bem nessas horas!Seu nome era Flávio e ele parecia ser um cara muito serelepe. Por mais que aquele não fosse o emprego dos seus sonhos e ele tenha desperdiçado a grande chance da sua vida de ter se tornado jogador de futebol, ele transformava tudo em um lindo sorriso. Sua expressão era a melhor possível mesmo quando tocávamos em assuntos desagradáveis. Sonhava alto, tinha esperanças, desejos e anseios. Era muito trabalhador. Um artista. Adora tocar violão no Cristo. Seu sonho de consumo é uma moto. Tem cinco irmãos e mora em Pernambués. Sua cor preferida é verde. E o cheiro de um belo copo de leite quente ele não dispensa. Adora MPB. Seu filme predileto é O conde de monte cristo. É muito educado. Nosso estoque de perguntas havia acabado e mesmo assim ele não se cansava de dizer: Cadê as perguntas?Como não tínhamos mais nenhuma, ele próprio nos entrevistou. Todos nós nos envolvemos com sua história. Incentivamos a correr atrás dos seus sonhos, a não desistir tão facilmente. Trocamos e mails. É incrível como a gente conhece as pessoas do nada e em apenas 1 hora descobrimos quase tudo da sua vida, dos seus medos. Selamos a nossa “pequena” entrevista com um Obrigado, mas com um pouco de tristeza. Passaria horas conversando com ele enquanto ele lavasse as xícaras de café. Foi uma boa experiência. É assim que percebemos o quanto existem pessoas no mundo tão esforçadas e dedicadas. Que tem o objetivo de dar duro e ser feliz na vida. Que não se abate com os problemas e tenta passar por cima deles com garra e dignidade. Poucas pessoas são assim, e isso sim ,é uma pena.

terça-feira, 23 de setembro de 2008

FASES..

Esse final de semana aconteceu algo engraçado, porém inocente. Meu primo de sete anos veio para a minha casa passar o sábado com a nossa família. Percebi o quanto ele havia amadurecido, já não era mais aquela criança chata que corria de um lado para outro e tentava se esconder debaixo da minha comprida saia, mas sim, já usava o “Por favor, e obrigado” da maneira correta, isso me impressionou. Quando chegou a hora de dormir e eu passei para me despedir e dar-lhe um beijo de Boa noite, ele me grita e diz:
-Acende a luz pra mim!
E eu lhes disse:
-Você já não ia dormir Juninho?
E ele com um tom inocente me respondeu:
-Só consigo dormir de luz acesa!
Nessa hora todo aquele papo de criança que amadureceu caiu por água abaixo. Onde já se viu uma criança de sete anos ainda dormir de luz acesa?
Hesitei,me chateei,tentei de tudo para convencê-lo de que dormir de luz apagada não havia mal nenhum, mas ele mesmo assim questionou que tinha muito medo e que criaturas sombrias poderiam perturbá-lo durante a noite e só a claridade da luz do banheiro iria acalmá-lo. E foi aí que eu me lembrei de um episódio quando eu tinha oito anos de idade. Em uma certa noite comecei a ouvir barulhos estranhos,as sombras das árvores balançando se retratavam nas paredes do meu quarto e a cortina ia se balançando,eu ouvia passos,mas no fundo achava que era só fruto da minha imaginação e foi aí que eu ouvi um trovão,um barulho muito forte e gritei!O escuro me dava ainda mais medo e eu não conseguia dormir, acordei o meu pai, que pacientemente me contou uma história, acendeu a luz e ficou ao meu lado até eu pegar no sono. No domingo acordei de manhã cedinho e a luz do banheiro permanecia acesa. Sua avó, que viria buscá-lo não apareceu e ligou dizendo que o pegaria na segunda-feira. Outra noite de sono, dessa vez tentei lhe contar uma história, fiquei ao seu lado de luz apagada, fiz brincadeiras,mas de nada adiantou,era mais forte do que ele,eu teria de acender a luz do banheiro novamente e foi aí que eu desisti de tentar mudar o que ele sentia, era algo só dele, o medo do escuro um dia ia se acabar e as sensações estranhas e sombrias durante o escuro iam desaparecer aos poucos,são apenas fases.Voltei até lá para dar-lhe um beijo e quando percebi ele já estava dormindo com uma expressão tão inocente e serena que quando olhei para a luz acesa apenas sorri e não mais apaguei.São apenas fases, fases de crianças.

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Manual feminino




Quando somos crianças, a existência do príncipe encantado e dos contos de fadas nos é imposto de maneira tão inocente e metafórica, que acabamos por sonhar e imaginar essa figura tão sublime, montado em cima de um cavalo branco, correndo em nossa direção e no final somos felizes para sempre.
Já na adolescência a história é outra. As bonecas já não farão mais parte das suas brincadeiras diárias, as casinhas e panelinhas serão guardadas em um baú que estará no velho porão da sua casa, as roupinhas rosas e com desenhos infantis serão trocadas pelas mais “transadas” da estação, e os filmes, ah, eles não serão mais os mesmos!Você começa a crescer e mac percebe, pois seus pais sempre te tratarão como uma eterna menina. Ouvirá declarações das suas amigas a respeito dos seus primeiros beijos, e ficará super nervosa quando finalmente der o seu. Terá dúvidas, medos e inseguranças, mas com o tempo se tornará “expert” no assunto. Tornará-se mais seletiva e não mais acreditará que exista um príncipe encantado após a sua 1ºdecepção. Começará a se produzir mais e se sentir mais mulher, a descobrir seus próprios prazeres e o que te faz bem. Ganhará seu 1º cartão de crédito e levará uma tremenda bronca, pois estourou o seu limite. Terá a sua 1º vez com alguém especial, essa sim, deverá ser uma escolha correta. Conhecerá vários rapazes, experimentará diversas sensações, sairá para muitas festas e finalmente terá o seu 1º porre. Mas tenha calma, até a sua vó já passou por isso um dia!Você vai jurar muitas vezes que nunca mais aprontará e nem exagerar, mas na manhã seguinte acordará ao lado de alguém que mal conhece e vai dizer que não se lembra de nada do que aconteceu. Com o tempo começará a amadurecer e entender que a vida não é tão fácil como parece e que você precisa trabalhar. Perceberá que ser você mesma e não fingir ser algo que não é, é a melhor coisa a se fazer. Vai entender que a beleza se vai com o tempo e pensará em fazer plásticas. Felizmente vai valorizar nos homens o que realmente importa o CARÁTER!O príncipe encantado não existe. Não adianta imaginar que o amor da sua vida vai aparecer da mesma forma como nos contos de fadas, mas ele sim, vai se esforçar e dar o melhor de si para ter você ao lado dele, e isso realmente é o mais importante. Talvez ele seja alto demais, magro e feio e não venha montado no cavalo branco, talvez ele venha de ônibus ou até mesmo a pé. Pode ser que demore, pode levar anos, mas todo mundo encontra sua cara-metade. É só não perder a razão de viver, é só sorrir!É se abrir para as oportunidades e valorizar as pessoas que gostam de você. É correr atrás dos seus sonhos, fazer o que te der na telha, mas no final tudo dará certo. Você será feliz sim como nos contos de fadas, pode durar pouco tempo ou até mesmo ser eterno, mas quem constrói a sua história e decide ser feliz é só você!Então comece a partir de agora a se cobrar menos e correr atrás da sua felicidade, a não mais chorar vendo filmes de romance e imaginar que tudo aquilo nunca acontecerá na vida real. Como eu já disse isso só depende de você, basta você querer!



Camila Mélo

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

3 parte:" A descoberta"

E foi nessa hora que tudo se tornou claro em minha mente e eu lembrei de tudo que aconteceu há cinco dias atrás.
Eu tinha 18 anos e o Mateus 21, a gente se conheceu há 3 anos atrás por acaso.A banda dele iria tocar em uma festa de final do ano no meu colégio.Era um festival de talentos e cada um apresentava um número,seja de dança,canto,teatro,o que fizesse de melhor.Como eu fazia teatro,apresentei um monólogo que eu mesma criei,se tratava de uma garota cheia de sonhos e dúvidas,mas a procura de um grande amor.Eu estava indo muito bem e todos estavam impressionados,quando olhei em seus olhos me faltou o ar, a fala, não sei,tinha dado um branco,foi amor a primeira vista!E quando ouvi a sua voz no palco e seus olhares para mim nós já sabíamos que pertencíamos um ao outro.
E foi assim durante esses 3 anos,eu o amava completamente e não haveria outro que substituísse o seu lugar.Mateus foi feito exatamente para mim e eu pra ele.A gente se completava de todas as formas,ríamos das mesmas besteiras,pensávamos as mesmas coisas,discutíamos por qualquer coisinha,mas daí ele parava deixava eu fazer todo aquele drama e no fim dizia:
-Acabou amor?
Acabávamos rindo de tudo aquilo que fortalecia ainda mais a nossa relação.Voltando ao ponto central da história,estávamos juntos,comemorando o nosso 3 ano de namoro,quando fomos abordados por 2 homens que nos renderam e puxaram a minha corrente de ouro do meu pescoço,a qual eu nunca tirei pois tinha grande afeição pela mesma.Ele reagiu ao assalto e foi nessa hora que um dos caras atirou em seu peito.Eu nunca havia gritado tão alto na minha vida!Aquela dor era insuportável e eu não conseguia fazer nada, foi a pior cena que vi em toda a minha vida, eu só conseguia olhar para seus olhos e mal conseguia enxergá-lo, pois as minhas lágrimas não deixavam. A sensação de impotência se fazia presente naquele momento. Ele perdeu a sua vida por causa de uma corrente, a minha corrente.
E foi a partir disso que eu não vi mais sentido na minha vida, pra mim ele era a pessoa mais importante desse mundo e nada tinha mais graça. Chorei a noite inteira, eu não queria sair de perto do seu corpo, tentaram me dosar com comprimidos, mas eu fingi tomá-los. Achava que se vivesse sem ele não seria feliz novamente. Todos os meus sonhos iam por água abaixo, pois era com ele que eu queria compartilhá-los. A primeira coisa que veio na minha cabeça era me matar, não interessa como, mas se fosse para não sentir aquela dor que me angustiava tanto, eu preferia descansar em paz e nunca mais acordar de novo. Fui ao banheiro e peguei uma navalha, corri direto pro meu quarto e me tranquei. Eu só queria acabar com tudo aquilo. Parei pra pensar na minha faculdade de cinema, no futuro que eu teria pela frente, eu era jovem demais, eu tinha muitas coisas a fazer ainda, como acompanhar o crescimento da minha irmãzinha, me formar, conhecer novas pessoas e até encontrar um outro amor. Não!Não existia essa expressão no meu vocabulário e nem na minha vida. Não pensei em mais nada e comecei a fazer grandes cortes em meus pulsos, a sensação de ver o sangue escorrendo mais rápido me fazia crer que estava perto de tudo acabar, logo estaria perto do meu amor, meu único amor.
Acordei sentindo frio, muito frio. Isso se prolongou pelos cinco dias seguintes. Estava tudo muito calmo, não escutava mais vozes, as pessoas já não me enxergavam mais, eu já não ria, não chorava, nem sentia nenhuma dor. Eu só não consigo entender por que ainda não desapareci por completo. Acho que é uma questão de tempo, talvez dias, semanas, meses, mas por enquanto eu vou andando e seguindo essa estrada fria e amarga, procurando a paz e procurando o meu amor, que deve estar perdido por aí como eu, ou como muitos outros que não aceitaram a sua morte.

Camila Mélo

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Continuação.....2 parte:"O susto"

Fui andando mesmo assim em direção a casa da vovó, eram apenas alguns quarteirões da nossa casa. Chegando lá a porta estava entreaberta e havia muitas pessoas na sala. A maioria estava de preto e choravam sem parar. Avistei a minha mãe chorando do lado de um caixão, parecia um velório, mas de quem seria?Por que ninguém me avisou nada?Eu sempre sou a última, a saber de tudo. Fui me aproximando do caixão lentamente. Ele era muito bonito e estava repleto de rosas brancas, parecia ser alguém especial. Quando cheguei mais perto e vi quem estava deitada ali, me recusei a acreditar, fiquei surpresa!Não entendia o porquê de tudo aquilo.Era a minha vó,minha amada vó!Uma das mulheres mais batalhadoras e honestas que já conheci em toda a minha vida.O que mais me marcou naquele momento,é que eu já não sabia mais o que era uma lágrima e muito menos a alegria e a sensação de poder dar um sorriso.Percebi que falavam de mim,que iriam me visitar,mas eu estava bem ali no canto da sala,sentada na cadeira favorita da vovó!Acenei para os meus pais,mas eles fingiam não me ver.Isso já estava ficando estranho.Peguei uma colher e uma panela na cozinha e comecei a fazer o maior barulho,pulei,dancei,gritei,mas a sensação de ser invisível e não ser notada é a pior que existe.
Entrei no carro com eles e comecei a brincar com a minha irmãzinha Julia,ela sim me dava atenção!Fomos brincando o caminho todo e ela ria bastante das minhas caretas, porém ainda não sabia falar, acabara de completar seu primeiro aninho há uns dias atrás.
Chegamos a um cemitério. Os meus pais choravam e levavam flores para algum túmulo. Chegando lá, me abaixei e vi o nome:
Luísa Ferreira Souza
23/05/1989 a 10/08/2007
Mas como assim?Esse era o meu nome!Não é possível, será que eu realmente havia morrido?Claro que não!Eu estava ali, de pé na frente deles, brincando com a Julia. Percebi que eles colocaram o resto das flores em um outro túmulo ao lado do meu, onde também havia o nome:
Mateus de Andrade Silva Rocha
03/07/1986 a 10/08/2007

Continua....

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

1º parte: " A solidão"




Os dias estão mais frios e mais calmos,já não ouço mais as vozes que preenchiam o meu vazio.Eu me sinto diferente e mais leve,enxergo as coisas de outra forma.As pessoas passam por mim e nem notam mais a minha presença,então eu pego a minha flauta e começo a tocar,pois o silêncio me traz muita tristeza.Vou andando pelas ruas e vejo o semblante das pessoas,todas estão muito preocupadas com seus problemas e nem se importam em saber a dor dos outros.Eu já não sinto mais dor,já não possuo sentimentos,não rio mais,nem choro.
Só não consigo entender como de uns dias pra cá tudo ficou assim mais calmo,ou seria um sonho?Acho que vou me beliscar,mas nada sinto!Realmente devo estar sonhando.Notei que estou ficando mais pálida e já não sinto mais o sabor do meu sorvete favorito,será que estou doente?Deve ser!Acho que preciso me cuidar,acredito que seja o frio.Preciso ir para casa,já devem estar preocupados comigo.
Percebi que havia uma carta sobre a cama,aposto que é para mim!Era uma carta de despedida.Será que todos viajaram e me deixaram aqui?Não pode ser!Não.Era eu a remetente,estava me despedindo de todos pois a vida não tinha mais sentido para mim.
Como assim não havia mais sentido?Não me recordo de nada que possa ter me magoado.Ou será que magoei alguém?
Continuei lendo a carta, na qual confessava que iria me matar, pois havia perdido o amor da minha vida e essa era a pior dor que alguém poderia sentir. Nessa hora eu me aliviei por estar viva, por ver o sol se pôr e da minha janela olhar a praia aonde todos iam para casa depois de um belo dia de domingo.
De repente eu senti tanto frio que peguei um cobertor, mas aquela sensação vazia e insólita não desaparecia e eu já não sentia mais as minhas pernas.
-Que estranho!Isso nunca havia acontecido comigo. Só a partir de uns cinco dias atrás.
Resolvi que iria procurar um médico. Coloquei o meu melhor casaco e minhas velhas botas, as quais tanto gostava. No meio do caminho, lembrei que meus pais e a minha irmãzinha Julia deveriam estar na casa da vovó, como era de costume nos dias de domingo. Nenhum táxi parava pra mim, era como se não me vissem, talvez estivessem apressados.

Fiquem na curiosidade!!Amanhã postarei o resto!
Beijos!

terça-feira, 9 de setembro de 2008

Para refletir....



Faz parte da sua vida e até mesmo do seu destino
A sua história é você quem faz e escreve
E cabe a você dizer se ela terá todas as páginas escritas
Ou estarão todas em branco.
A partir de um gesto seu as coisas mudam.
A partir de uma atitude sua, uma nova história de amor se forma e
aquela velha esperança vem à tona novamente.
Cada passo que você dá,encoraja outras pessoas a fazerem o mesmo.
Cada vez que você estende a sua mão, uma nova vontade de viver e de se levantar se reforça.
Cada sorriso que você dá,alivia a tristeza de alguém que não sabe o que é amar.
As melhores coisas acontecem quando tem que acontecer e normalmente é quando você menos espera.
Você dá valor a coisas tão fúteis e não percebe que a felicidade se encontra nas coisas mais simples da vida.
Você se importa tanto com o que os outros dizem e pensam,e esquece o que você realmente é.
Irrita-se com a incapacidade e imaturidade das pessoas e não enxerga que muitas vezes você também é assim e que ninguém é perfeito.
Deixa de aproveitar os momentos mais importantes,pra olhar pro lado e ver a vida passar.
Pensa no que vai ser no futuro,mas não faz nada para ser alguém no momento.
Curte só aquilo que está acostumado a ouvir,ver e sentir,e perde a oportunidade de experimentar coisas novas.
Perde um dia inteiro falando besteiras a alguém,e deixa de ouvir pessoas que realmente precisam de um conselho seu.
Se você realmente parasse para pensar,veria o quanto existem pessoas em uma situação muito pior do que a sua e você está sempre reclamando e se sentindo a pior pessoa do mundo.
Procure sorrir e aproveitar o dia,pois este pode ser o último.
Tente ser feliz de todas as formas possíveis e superar as decepções,ultrapassando as barreiras de cabeça erguida.
Tudo que é fácil de ser conquistado não te acrescenta em nada,apenas lhe proporciona um prazer momentâneo,mas depois tudo é deletado da sua mente.
Portanto levante daí,lute,acredite e vá em busca dos seus sonhos.
Ria de besteiras com os amigos,relembre velhas historias,cate conchas na praia,ande de mãos dadas com a pessoa que você ama,seja você,diga “Eu te amo” para aquelas pessoas que você realmente se importa,tente não se cobrar tanto...
Ou seja, faça algo por você mesmo, mas pelo menos você TENTOU!

Camila Mélo

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

A falta



É tão difícil suportar a falta que você me faz
Nas noites frias em que eu conto os segundos pra você chegar
E quando eu acordo e você não está mais ao meu lado
Eu sinto um vazio dentro do peito que me sufoca
Como se eu perdesse o ar

É uma sensação de medo, insegurança e aflição
Como se as cores não tivessem mais graça
O sol não iluminasse mais a minha vida
E eu não sentisse mais o gosto da chuva caindo sobre mim

Quando estamos juntos somos um só
Os nossos corpos se completam
Tudo se encaixa como se fossemos feitos um para o outro.

Quando estou triste e você segura a minha mão
Só basta um sorriso seu e tudo soa mais leve
Eu mergulho na luz dos seus olhos
E encontro o caminho para ser feliz

É um sentimento que eu não consigo explicar
É como o vento, eu não vejo, mas posso senti-lo.
É como olhar o mar e sentir a brisa
Ou até mesmo admirar o pôr do sol
É não se preocupar com coisas fúteis
É amar e ser amado
É ser eu mesma e não tentar fingir
É olhar pra você e ter a certeza de que eu te amo de verdade.

A sua falta é o que eu não quero sentir
A sua falta é o que eu não desejo pra mim
A sua falta é como se eu não soubesse quem sou
É principalmente a razão da minha dor.

Camila Mélo